sexta-feira, 3 de setembro de 2010

- Conceito de Verdade


A palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.
Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".
Quem concorda sinceramente com uma frase está alegando que ela é verdadeira. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.
As questões tipicamente debatidas incluem:
o O que pode ser classificado como falso ou verdadeiro?
o Como definir e identificar a verdade?
o A verdade é subjetiva, objetiva, relativa ou absoluta?
O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em inglês truth-bearer). Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade. Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.
Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa. A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos. Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas.
A verdade é uma interpretação mental da realidade transmitida pelos sentidos,e confirmada por equações matemáticas e linguísticas formando um modelo capaz de prever acontecimentos futuros diante das mesmas coordenadas.
    Verdade é um resultado lógico (verdadeiro ou falso) de uma operação mental que depende de dois tipos de conjuntos de juízos: juízos a priori e a posteriori.
Os juízos a priori são conhecidos pela mente antes da realização da experiência, exemplo: a linha reta é a menor distancia entre dois pontos.
Os juízos a posteriori dependem do resultado final de uma experiência científica, que deve ser realizada inúmeras vezes para que exista a comprovação de que um fenômeno sobre determinadas condições só produz um único tipo de resultado que pode ser verdadeiro ou falso.
Não existem mecanismos científicos totalmente eficazes de se prever acontecimentos futuros, dado ao fato da realidade poder ser alterada por elementos não possíveis de serem previstos pelo conhecimento humano.
As condições de tempo e espaço não estão sobre o domínio do homem.
A verdade é um fato.
   Os filósofos chamam qualquer entidade que pode ser verdadeira ou falsa de portador da verdade. Assim, um portador da verdade, no sentido filosófico, não é uma pessoa ou Deus.
Para alguns filósofos, alguns portadores da verdade são primitivos; outros são derivados. Filósofos dizem, por exemplo, que as proposições são as únicas coisas literalmente verdadeiras. Uma proposição é uma entidade abstrata a qual é expressa por uma frase, defendida em uma crença ou afirmada em um juízo. Nossa capacidade de apreender proposições é a razão ou entendimento. Todas essas manifestações da linguagem são ditas verdadeiras apenas se expressam, defendem ou afirmam proposições verdadeiras. Assim, frases em diferentes línguas, como por exemplo o português e o inglês, podem expressar a mesma proposição. A frase "O céu é azul" expressa a mesma proposição que a frase "The sky is blue".
Já para outros filósofos proposições e entidades abstratas em geral são misteriosas, e por isso pouco auxiliam na explicação. Por isso tomam as frases e outras manifestações da linguagem como os portadores da verdade fundamentais.
Ou seja a verdade para a filosofia e uma coisa única e contraditória pela Mentira.
Tipos de verdade :
  • Verdade material é a adequação entre o que é e o que é dito.
  • Verdade formal é a validade de uma conclusão à qual se chega seguindo as regras de inferência a partir de postulados e axiomas aceitos.
  • É uma verdade analítica a frase na qual o predicado está contido no sujeito. Por exemplo: "Todos os porcos são mamíferos".
  • É uma verdade sintética a frase na qual o predicado não está contido no sujeito.
  • Sofisma é todo tipo de discurso que se baseia num antecedente falso tentando chegar a uma conclusão lógica válida.